Source text in Spanish | Translation by Jorge Luiz Galvão (#24352) |
En el libro La sociedad de la transparencia (2012), el filósofo surcoreano Byung Chul Han parte otra vez de la metáfora panóptica de Michel Foucault para desarrollar el concepto del panóptico digital. Se refiere a una nueva visibilidad total que permite ver todo a través de los medios electrónicos, empezando por la intimidad de cada persona. Esto abarca las redes sociales y herramientas de Google –Earth, Maps, Glass y Street View– y YouTube. La hiperconectada Corea del Sur tiene la velocidad de navegación por internet más rápida del mundo y es el laboratorio más osado de la sociedad de la transparencia, devenida en una especie de “tierra santa” del homo-digital, cuyo celular es una extensión de la mano desde la cual “explora” el mundo. El control panóptico de la sociedad disciplinaria funcionaba a través de la perspectiva lineal de la mirada desde una torre central. Los reclusos no se veían entre sí –ni divisaban al vigilante– y hubieran preferido no ser observados para tener algo de libertad. En cambio el panóptico digital pierde su carácter perspectivista: en la matrix cibernética todos ven a los demás y se exponen para ser vistos. El punto único de control que tenía la mirada analógica desaparece: ahora se observa desde todos los ángulos. Pero el control continúa –de otra manera– y sería aún más efectivo. Porque cada persona entrega a las demás la posibilidad de que su intimidad sea vista, generando una vigilancia mutua. Esta visión total “degrada a la sociedad transparente hasta convertirla en una sociedad de control. Cada uno controla a cada uno”, escribió el filósofo. (...) El ensayo La sociedad de la transparencia termina planteando que el mundo se desarrolla como un gran panóptico donde ningún muro separa el adentro del afuera. | No livro A Sociedade da Transparência (2012), o filósofo sul-coreano Byung Chul Han parte novamente da metáfora panóptica de Michel Foucault para desenvolver o conceito do panóptico digital, que se refere a uma nova visibilidade total que permite se observar tudo através de meios eletrônicos, começando pela intimidade de cada um. Isso abrange as redes sociais, as ferramentas do Google - Earth, Maps, Glass e Street View - e o YouTube. A Hiperconectada Coréia do Sul tem a velocidade de navegação na Internet mais rápida do mundo e é o laboratório mais ousado da sociedade da transparência, transformada em uma espécie de "terra sagrada" do homodigital onde o celular é uma extensão da mão a partir da qual se "explora" o mundo. O controle panóptico da sociedade disciplinar trabalhava na perspectiva linear do olhar de uma torre central. Os internos não se viam - nem viam quem os vigiava - e preferiam não ser observados para ter alguma liberdade. Por outro lado, o panóptico digital perde seu caráter perspectivista: na matriz cibernética todos vêem a todos e são passíveis de serem vistos. O único ponto de controle que tinha a visão analógica desaparece: agora se observa de todos os ângulos. No entanto, o controle continua – de outra forma - e seria ainda mais eficaz. Porque cada pessoa oferece às demais a possibilidade de que sua intimidade seja vista, gerando uma vigilância mútua. Essa visão total "degrada a sociedade transparente até que ela se torne uma sociedade de controle. Cada um controla cada um ", escreveu o filósofo. (...) O ensaio A Sociedade da Transparência conclui afirmando que o mundo se desenvolve como um grande panóptico onde nenhum muro separa o interior do exterior. |